sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Relatório Europeu sobre as florestas


Foi apresentado recentemente, na Conferência Ministerial para a Protecção das Florestas, realizada em Julho 2011, em Oslo, o relatório do estado das florestas na Europa.

Para efectuarem download basta clicar aqui.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Apagar arquivos

Muito boa gente, anda por aí a apagar arquivos de blogs...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Análise ao Programa do Governo Junho 2011

O Governo publicou no portal do governo, o Programa do Governo para os próximos 4 anos.

Entre as páginas 48 e 58, discorre o governo sobre a agricultura, floresta, ambiente e ordenamento do território.

A nível florestal gostaria de realçar os seguintes pontos focados:

1º ZIF's
redinamização das ZIF's, promover o associativismo
2º Cadastro
executá-lo
3º Fitossanidade
combater o declínio dos povoamentos suberícolas e envidar todos os esforços no combate ao nemátodo do pinheiro
4º PRODER
empenhar-se no aproveitamento do PRODER para a floresta
5º Incêndios
reduzir substancialmente os riscos de incêndio
6º Novos apoios
apostar na valorização económica dos recursos naturais. Uma nova estratégia para a conservação da natureza e biodiversidade
apostar na ecoeficiência e rever a fiscalidade ambiental

Gostaria de referir ainda não como análise mas como transcrição que um dos objectivos do governo é "tornar a floresta um sector potenciador de riqueza, de biodiversidade e de equilíbrio ambiental."

Na generalidade aprecio e espero que haja sucesso. Sei que as divergências principais serão no como e não tanto nos objectivos. Especialmente felicito a coragem e a priorização no cadastro, na diminiução do risco de incêndio e na revisão da fiscalidade ambiental.

Sucesso e boa concretização do programa eleitoral é o meu desejo. Disponível para o que for preciso por parte da FENAFLORESTA
Luís Calaim

quarta-feira, 22 de junho de 2011

PRODER - alteração da 2322

Ontem saiu em publicação, no primeiro dia de Verão, assinado pelo Ministro da Agricultura.
Ajudas forfetárias, para florestação de terras agrícolas ou terras agrícolas abandonadas.

Alegro-me com esta medida, mas esta medida deveria ter vindo mais cedo! Abre dia 6 de Julho.
Mais informações no site do PRODER.
Despacho aqui.

Um bom resto de dia. E cuidado com os incêndios.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quanto vale? É isso que importa?


Quanto vale a nossa floresta? Quanto vale um hectare de pinhal? E um hectare de eucaliptal?

Será que é isso que interessa, quando falamos de floresta?

No Reino Unido saiu um estudo este mês, publicado pelo jornal "o Público" onde afirma que a floresta do Reino Unido vale 34 mil milhões de euros.

o que vale a nossa floresta?
Bem, a nossa floresta portuguesa vale 3% do PIB, 5,3% do VAB total da economia, 14% do PIB industrial, 9% do emprego industrial, 12% do total das exportações nacionais, 260.000 Trabalhadores nos diversos agentes da fileira.
Ou seja, pensando que em cada agregado familiar há 3 pessoas, podemos dizer que 10% da população depende da floresta em Portugal!
Na Europa emprega 382 000 pessoas! Vale a pena definir a floresta como prioridade de investimento?

Um novo ciclo aproxima-se e temos duas opções, ou apostar na floresta ou não apostar na floresta.
Compreendo cada vez mais, porque não se aposta na floresta (os ciclos governativos são 2, 3, 4 anos, alguns na melhor das hipóteses 8, e as rotações dos eucaliptais são de 9, 10, 11 anos e do pinhal 30 anos!) Respeito, mas temos a responsabilidade de fazer política a pensar nas gerações futuras.

Delapidar o património ambiental das gerações seguintes é triste.

Tenho um sonho, começar-se a fazer política florestal com uma visão estratégica de futuro e não através de decisões estocásticas.

Vamos juntos contruir o futuro, viver o presente a respirar floresta.

domingo, 12 de junho de 2011

O artigo hoje no público

Aconselho todos vivamente a leres o artigo no Jornal o Público do Prof Francisco Rego e do Engº António Salgueiro. Será hoje o dia para critiar tanto o Engº Amândio Torres? Bem... Leiam e depois digam qualquer coisa. O artigo tem como título "Protecção florestal ao acaso e o acaso das florestas públicas."

Deixo-vos um pequeno excerto: "É mais que tempo de pedirmos responsabilidades e avaliação de impacto das decisões (ou da sua falta) aos nossos dirigentes máximos públicos."

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Cadastro Nacional ou uma experiência?

A FENAFLORESTA é a única estrutura federativa nacional do sector Cooperativo Florestal Português, e desde o seu nascimento que defende “o cadastro tem de ser priorizado”.

Assim, congratularmo-nos com a decisão de avançar com a execução do cadastro de terras em Portugal, após dois anos de ter sido anunciado o concurso público internacional. 7 Concelhos (Loulé, São Brás de Alportel, Tavira, Oliveira do Hospital, Seia – Serra da Estrela, Paredes e Penafiel), deixarão de ter terrenos incógnitos, e teremos acesso à informação dos mesmos por uma plataforma digital. Este trabalho terá um custo de 16,7 milhões de euros, dos quais 70% de comparticipação comunitária.

Questionamos porém as declarações da ministra do ambiente Dulce Pássaro: “Este primeiro cadastro tem um carácter de demonstração” e “vai-se acumular muito conhecimento para as fases subsequentes”.
Como é possível ainda estarmos numa fase experimental? Este cadastro será demonstrativo?
Durante 2 anos iremos cadastrar 7 concelhos de 308? Temos em Portugal 308 municípios e vamos começar por 7? A FENAFLORESTA acredita que poderia ter sido dado um passo mais firme e categórico. Não estamos num tempo de experiências.

Sabemos e compreendemos os constrangimentos financeiros, mas acreditamos que as OPF’s (organizações de produtores florestais) poderiam dar um contributo importante pois através das Zonas de Intervenção Florestal (parte do território encontra-se cadastrado). “Todas as OPF’s estavam em melhores condições para a execução deste trabalho, porque já possuem em arquivo levantamento de GPS das terras, conhecem os proprietários e estão no terreno todos os dias” – Francisco Vasconcelos director da FENAFLORESTA. Através das OPF’s o mesmo trabalho poderia ser feito com metade dos recursos ou poderia ser cadastrado o dobro dos concelhos com o mesmo orçamento.

O que vamos fazer a todo o trabalho, levantamento de limites de terreno, busca incansável de prova de titularidade? Arquivo de documentação? Ignoramos? Entregar o trabalho a empresas não foi a melhor solução, nem pode ser a melhor solução para o cadastro de todos os outros concelhos que ficam a faltar em Portugal. Integrar as OPF’s é o caminho com menores custos.


Saber exactamente quanto, quando, de quem e quanto vale, onde, entre outros é essencial, quer para os proprietários, conservatórias, finanças, agricultura, pescas, indústrias extractivas, agro-alimentares, pecuária e silvícolas. O cadastro tem de ser priorizado.

Nós estamos, como sempre estivemos preocupados com o nosso sector, e desta forma queremos contribuir para o seu reconhecimento e devido mérito!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Ano internacional das florestas

Mensagem do Senhor Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural

A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2011 como o ANO INTERNACIONAL das FLORESTAS.

2011, é o ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS. Queremos mostrar ao País a importância do sector florestal e construir os caminhos para o seu desenvolvimento sustentável. Mais e melhor floresta são os objectivos centrais da acção governativa do Ministério da Agricultura. A floresta é um cluster vital para a nossa economia e para o desenvolvimento rural. Por isso apostámos na certificação florestal, ou melhor na diferenciação positiva das nossas florestas como forma de captar novas oportunidades de negócio e reforçar os ganhos da balança comercial deste sector”.

Ao longo da sua história, Portugal teve uma relação próxima com a floresta e este ano afigura-se como uma oportunidade única para mostrar aos portugueses o significado desta importante riqueza nacional.

A floresta portuguesa é um dos principais sustentáculos da boa qualidade ambiental, já que sequestra mais de 289 milhões de toneladas de dióxido de carbono, purifica e valoriza a água que corre pelas suas encostas e proporciona-nos deslumbrantes paisagens. É nossa obrigação deixar este legado às gerações vindouras.

A floresta ocupa 3,4 milhões de hectares no nosso país, cerca de 39% do território, constitui percentualmente uma das mais elevadas taxas de arborização da União Europeia. Esta vasta área florestal está na base de um sector da economia que representa cerca de 3 % do PIB nacional e assegura mais de 260 mil postos de trabalho, directos e indirectos. Trata-se de um sector dinâmico e competitivo que gera mais de 12% do VAB industrial e é responsável por 11% das nossas exportações. O saldo da balança de comércio externo da actividade florestal é fortemente positivo, com as exportações a superarem as importações em cerca de mil milhões de euros.

O pinheiro bravo, o eucalipto e o sobreiro ocupam 2/3 do coberto florestal nacional. A madeira de pinho é usada na construção, no fabrico de mobiliário e na decoração das nossas casas. Mais recente é a utilização das ramas de pinheiro e de outros sobrantes da actividade florestal no abastecimento das centrais de biomassa, que produzem electricidade mais verde.

As plantações de eucalipto, que ocupam 23% da nossa área florestal, são a principal fonte da matéria-prima usada pelas fábricas de pasta e papel. Com uma área significativa de floresta certificada, o eucalipto está na base de uma fileira industrial que já representa cerca de 6% das exportações nacionais.

Já no sul do país, o pinheiro-manso, a azinheira e o sobreiro constituem a base do tradicional sistema agro-silvo-pastoril que caracteriza as charnecas e as planícies.

A importância da cortiça na economia regional pela ocupação de mão-de-obra rural e no país pelas exportações que gera é por demais conhecida, sendo mundialmente reconhecida a excelência de Portugal no fabrico de rolhas, que exporta para todo o mundo. Menos conhecida, mas igualmente valorizada, é a utilização da cortiça e de aglomerados de cortiça na construção civil e na indústria automóvel. Tudo somado, resulta que Portugal é o maior produtor e exportador de cortiça do mundo. Mas o montado representa muito mais, é a última barreira ao avanço da desertificação e um dos mais importantes locais de biodiversidade na Europa.

Não podemos esquecer a importância da floresta autóctone para a biodiversidade e, nesse domínio, a floresta dos arquipélagos da Madeira e dos Açores merece uma referência especial. A floresta de Laurissilva da ilha da Madeira, que desde 1999 foi reconhecida pela UNESCO como “Património da Humanidade”, alberga espécies endémicas raríssimas que importa preservar.

A floresta portuguesa é fundamental para a sustentabilidade do território português e essencial para garantir a necessária multifuncionalidade da nossa economia rural.

Daqui advém a necessidade do envolvimento de toda população neste desígnio nacional que é proteger e fazer crescer este património que é de todos – a floresta portuguesa!


Proença-a-Nova, 2 de Fevereiro de 2011

Rui Pedro de Sousa Barreiro

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