sábado, 23 de junho de 2012

Rio + e as florestas

A conferência da ONU sobre o desenvolvimento sustentável terminou ontem no Rio de Janeiro. De Portugal estiveram presentes o Primeiro Ministro de Portugal, assim como a Ministra da Agricultura Mar Ambiente e Ordenamento do Território.
Os líderes mundiais assinaram um documento "o futuro que queremos", onde segundo a opinião generalizada das pessoas deixa objectivos com formulação vaga e metas indefinidas.
O documento encontra-se no original aqui!
Mas o que o documento diz sobre as florestas?
Depois de explicar a visão do documento, no ponto 104 afirma que tudo só será atingido se assim os agentes o entenderem, ou seja, o documento deixa pistas, rumo a seguir mas não indica obrigatoriedade.
No ponto 110, reafirma a importância de uma agricultura sustentável mas ao mesmo tempo mais produtiva.
A partir do ponto 193 foca-se essencialmente na floresta.

Gosto porque se destaca a importância da floresta e os seus benefícios a nível social, económico e ambientalmente. Juntar estas três "câmaras" pode trazer benefícios imensuráveis.
Depois reafirma a importância dos instrumentos voluntários de comercialização da madeira, colocando o UNFF em destaque.
Tive o previlégio de participar em 2006 no UNFF6 e foi um tempo de aprendizagem e acima de tudo de uma constatação - A Europa não manda!

A nível florestal insiste na inclusão de ferramentas desenvolvidas obrigatórias na legislação nacional, que levem à generalização de uma floresta gerida sustentávelmente.

E não é isto, o que todos queremos?

Percebo que não seja do agrado de todos, as críticas vêm acima de tudo das ONG's mas Rio+ vai ficar para a história, porque nos fez mais uma vez, reafirmar a importância da floresta em vez da árvore.
Diminuir a pobreza no mundo é o foco, tudo o resto tem de servir para isso. Gostava de ter participado na conferência, e espero daqui a 20 anos, estar no Rio 2032 +++

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Relatório Europeu sobre as florestas


Foi apresentado recentemente, na Conferência Ministerial para a Protecção das Florestas, realizada em Julho 2011, em Oslo, o relatório do estado das florestas na Europa.

Para efectuarem download basta clicar aqui.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Apagar arquivos

Muito boa gente, anda por aí a apagar arquivos de blogs...

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Análise ao Programa do Governo Junho 2011

O Governo publicou no portal do governo, o Programa do Governo para os próximos 4 anos.

Entre as páginas 48 e 58, discorre o governo sobre a agricultura, floresta, ambiente e ordenamento do território.

A nível florestal gostaria de realçar os seguintes pontos focados:

1º ZIF's
redinamização das ZIF's, promover o associativismo
2º Cadastro
executá-lo
3º Fitossanidade
combater o declínio dos povoamentos suberícolas e envidar todos os esforços no combate ao nemátodo do pinheiro
4º PRODER
empenhar-se no aproveitamento do PRODER para a floresta
5º Incêndios
reduzir substancialmente os riscos de incêndio
6º Novos apoios
apostar na valorização económica dos recursos naturais. Uma nova estratégia para a conservação da natureza e biodiversidade
apostar na ecoeficiência e rever a fiscalidade ambiental

Gostaria de referir ainda não como análise mas como transcrição que um dos objectivos do governo é "tornar a floresta um sector potenciador de riqueza, de biodiversidade e de equilíbrio ambiental."

Na generalidade aprecio e espero que haja sucesso. Sei que as divergências principais serão no como e não tanto nos objectivos. Especialmente felicito a coragem e a priorização no cadastro, na diminiução do risco de incêndio e na revisão da fiscalidade ambiental.

Sucesso e boa concretização do programa eleitoral é o meu desejo. Disponível para o que for preciso por parte da FENAFLORESTA
Luís Calaim

quarta-feira, 22 de junho de 2011

PRODER - alteração da 2322

Ontem saiu em publicação, no primeiro dia de Verão, assinado pelo Ministro da Agricultura.
Ajudas forfetárias, para florestação de terras agrícolas ou terras agrícolas abandonadas.

Alegro-me com esta medida, mas esta medida deveria ter vindo mais cedo! Abre dia 6 de Julho.
Mais informações no site do PRODER.
Despacho aqui.

Um bom resto de dia. E cuidado com os incêndios.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quanto vale? É isso que importa?


Quanto vale a nossa floresta? Quanto vale um hectare de pinhal? E um hectare de eucaliptal?

Será que é isso que interessa, quando falamos de floresta?

No Reino Unido saiu um estudo este mês, publicado pelo jornal "o Público" onde afirma que a floresta do Reino Unido vale 34 mil milhões de euros.

o que vale a nossa floresta?
Bem, a nossa floresta portuguesa vale 3% do PIB, 5,3% do VAB total da economia, 14% do PIB industrial, 9% do emprego industrial, 12% do total das exportações nacionais, 260.000 Trabalhadores nos diversos agentes da fileira.
Ou seja, pensando que em cada agregado familiar há 3 pessoas, podemos dizer que 10% da população depende da floresta em Portugal!
Na Europa emprega 382 000 pessoas! Vale a pena definir a floresta como prioridade de investimento?

Um novo ciclo aproxima-se e temos duas opções, ou apostar na floresta ou não apostar na floresta.
Compreendo cada vez mais, porque não se aposta na floresta (os ciclos governativos são 2, 3, 4 anos, alguns na melhor das hipóteses 8, e as rotações dos eucaliptais são de 9, 10, 11 anos e do pinhal 30 anos!) Respeito, mas temos a responsabilidade de fazer política a pensar nas gerações futuras.

Delapidar o património ambiental das gerações seguintes é triste.

Tenho um sonho, começar-se a fazer política florestal com uma visão estratégica de futuro e não através de decisões estocásticas.

Vamos juntos contruir o futuro, viver o presente a respirar floresta.

domingo, 12 de junho de 2011

O artigo hoje no público

Aconselho todos vivamente a leres o artigo no Jornal o Público do Prof Francisco Rego e do Engº António Salgueiro. Será hoje o dia para critiar tanto o Engº Amândio Torres? Bem... Leiam e depois digam qualquer coisa. O artigo tem como título "Protecção florestal ao acaso e o acaso das florestas públicas."

Deixo-vos um pequeno excerto: "É mais que tempo de pedirmos responsabilidades e avaliação de impacto das decisões (ou da sua falta) aos nossos dirigentes máximos públicos."